Embora ao ler a palavra “vítima” não queiramos nos reconhecer nela, a verdade é que, ser vítima nos dá alguns privilégios.
Quando somos vítimas, falamos em reparo de dor, de penas, de sofrimentos injustos, de quedas sem fim por causa da nossa rotina diária (trânsito, sogra, crianças que nos irritam, não conseguirmos estudar, perdermos trabalho, etc…)
Sendo vítimas podemos ser escutados, podem nos respeitar sem termos que explicar muito o que nos acontece. Se estamos doentes, nos escutam mais e, se nos queixamos, sempre haverá alguém que se identifique conosco. Cada vez que me sinto vítima, evito assumir a responsabilidade pela parte que me corresponde na situação em que estou vivendo.
Sempre colocamos a responsabilidade da situação nas mãos daqueles que consideramos nosso carrasco, porque a comodidade de ser vítima é tremendamente perigosa. Todos nós realmente somos vítimas em maior ou menor extensão ao longo do nosso dia. Nós vivemos em uma sociedade que, há alguns séculos, implantou no ser humano a cultura do vitimismo.
Quando vibramos em vitimização através do ódio, da raiva, da dor de nossas doenças, do rancor, do sofrimento, de apatia ou de culpa, estamos vibrando, dentro da escala das emoções, na energia mais baixa desta escala, de acordo com o estudo do Dr. Hawkins (1995) sobre o assunto. Portanto, se permanecermos nesse estado e dado que os semelhantes se atraem energeticamente, nosso entorno só pode estar repleto de situações que nos mantêm nessa vibração e, consequentemente, de realidades nesta tonalidade.
Te peço que ao ler isso, você não sinta culpa por não saber ou entender sobre o que estou falando, pois reforçariamos de novo esse padrão energético de vítima. A culpa é a prisão do vitimismo, sempre julgamos o outro ou a nós mesmos, o que é a mesma coisa, já que o “outro não existe” no jogo da vitimização.
Por outro lado, se você conseguir se conectar com a coragem da mudança, se ativar e sair dos padrões energéticos de uma escala tão baixa, você causará uma mudança em muitos aspectos da sua vida, pois a coragem te proporciona o ponto de inflexão necessário para fazer uma mudança.
Atreva-se a rever em que aspectos você se sente vítima, você ficará surpreso com todas as informações sobre si mesmo que você encontrará ao fazê-lo. Tudo o que acontece com você, e o que você responsabiliza alguém, leva-o para um estudo interno. E se você é uma pessoa que se culpa por tudo, comece a observar isso por outra perspectiva, para enxergar como se responsabilizar sem se culpar pelo o que acontece na sua vida.
Uma vez feito isso, que ação você pode colocar em prática se pensar em coragem e mudança? Nos conta o que você pensou? Nós vamos adorar avaliá-lo com você.
E lembre-se, não acredite no que eu digo, apenas sinta e, se você sentir isso… viva-o!